A cidade de Guimarães lidera boas práticas europeias e consolida posição como referência na transição ecológica e digital.
Este reconhecimento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), distingue Guimarães como uma das cidades mais avançadas da União Europeia na adoção de práticas de economia circular, sendo a única cidade portuguesa incluída no relatório “The Circular Economy in Cities and Regions of the European Union”. A distinção, apresentada no final de abril, durante a conferência OECD Urban Days, em Paris, sublinha o compromisso do município com a sustentabilidade, a inovação e a cooperação entre diferentes agentes locais.
Entre as 64 cidades e regiões analisadas, Guimarães destacou-se por liderar em todos os critérios avaliados, nomeadamente na visão estratégica, na mobilização eficiente de recursos financeiros, no envolvimento de stakeholders e na capacidade técnica e humana para implementar modelos circulares. A OCDE reconheceu também a integração eficaz da economia circular com outras estratégias locais e regionais, colocando Guimarães como a única cidade europeia a alcançar este nível de articulação.
A estratégia municipal RRRCICLO – Economia Circular em Guimarães, bem como a participação ativa em redes internacionais como a Declaração Cidades Circulares, foram apontadas como fatores-chave para o sucesso. A cidade é, aliás, um dos signatários fundadores deste consórcio que promove a partilha de boas práticas e soluções replicáveis.
O relatório reforça o papel das autoridades locais na promoção de um modelo económico mais resiliente e ambientalmente responsável. Neste contexto, Guimarães tem vindo a liderar projetos europeus como o “Let’s Go Circular!” do programa URBACT e o “Circular Ecosystems” do Interreg POCTEP, que visam apoiar mais de uma centena de cidades na transição ecológica e digital.
A presença de Isabel Loureiro, coordenadora da Estrutura de Missão Guimarães 2030, e de Carlos Ribeiro, diretor do Laboratório da Paisagem, na apresentação do relatório em Paris, reforça o protagonismo da cidade no panorama europeu da sustentabilidade.
Este reconhecimento internacional soma-se à recente nomeação de Guimarães como Capital Verde Europeia 2026, consolidando o seu papel de liderança rumo à neutralidade climática e ao desenvolvimento sustentável. A AICEP, agência portuguesa para o investimento e comércio externo, já reagiu à distinção, destacando o orgulho em apoiar e partilhar este percurso exemplar para Portugal.