Desde a sua criação em 2018, o TecPark, eixo da superincubadora Set.Up Guimarães dedicado ao setor tecnológico, tem sido um pilar no apoio a empresas e projetos inovadores. A plataforma, sediada no Avepark, já acompanhou cerca de 30 iniciativas e, atualmente, acolhe 14 startups e empresas tecnológicas.
O TecPark foi concebido para oferecer “condições favoráveis ao desenvolvimento de negócios inovadores”, explica Marta Mota-Prego, chefe da Divisão de Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Guimarães, em declarações ao jornal Reflexo. A plataforma não só fomenta a ligação entre startups, mentores, investidores, centros de investigação e desenvolvimento, bem como a indústria, mas também atua como um elo estratégico na criação de sinergias entre diferentes setores. Desta forma, o objetivo passa por fortalecer a inovação e o crescimento económico da região.
Em entrevista ao Reflexo, Marta Mota-Prego, destacou ainda o papel fundamental do Avepark, um espaço de ciência e tecnologia inaugurado em 2008, que atualmente recebe cerca de 1.100 utilizadores diários. Entre eles, contam-se 500 estudantes, docentes e profissionais do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), 150 investigadores dos edifícios do grupo 3Bs – Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos, associado à Universidade do Minho (UMinho), 300 trabalhadores da empresa internacional Farfetch e mais de 100 colaboradores de outras empresas ali instaladas.
Sobre a insolvência do SpinPark, antiga incubadora de empresas do Avepark, declarada em 2020, Marta Mota-Prego assegura que esta “não impactou negativamente a forma como as empresas se fixam no parque” e a internalização da sua gestão na Câmara Municipal de Guimarães tem “impulsionado o desenvolvimento do parque”. A responsável acredita que o Avepark tem potencial para se afirmar como um “hub nacional de referência nas áreas do digital e das tecnologias médicas” nos próximos anos, perspetiva reforçada pelo recente Protocolo de Colaboração para o Desenvolvimento da Saúde e Tecnologias da Saúde, aprovado pelo Executivo Municipal a 13 de janeiro.
“A médio e longo prazo, a estratégia passa por integrar o Avepark em redes internacionais de empreendedorismo, ciência e inovação, fortalecendo as conexões globais das empresas e centros de I&D ali instalados”, acrescentou Marta Mota-Prego ao Reflexo.
O TecPark insere-se no ecossistema da superincubadora Set.Up Guimarães, que já apoiou mais de 120 projetos ou startups e 200 empreendedores. Além de disponibilizar espaços de trabalho, promove ativamente iniciativas de capacitação, mentoria e networking, fomentando a colaboração entre startups, academia, indústria e investidores. Outra vertente da superincubadora, o Set.Up IN(dustry), já acompanhou 54 projetos, tendo realizado mais de 120 horas de bootcamps e 300 horas de mentoria, consolidando a aposta do Município no desenvolvimento do tecido empresarial e tecnológico da região.
